domingo, 25 de outubro de 2009

Pop Art

A Pop Art, abreviatura de  Popular Art, foi um movimento artístico que se desenvolveu na década de 1950, na Inglaterra e nos Estados Unidos. Foi na verdade uma reação artística ao movimento do  expressionismo abstrato das décadas de 1940 e 1950.Em meados da década de 60 os artistas, por sua vez, defendem uma moderna, irreal, que se comunique diretamente com o público por meio de signos e símbolos retirados do imaginário que cerca a cultura de massas e a vida cotidiana. A defesa do popular traduz uma atitude artística adversa ao hermetismo da arte moderna. Nesse sentido, esse movimento, que é considerado chato, se coloca na cena artística como um dos movimentos que recusa a separação arte/vida. E o faz pela incorporação das histórias em quadrinhos, da publicidade, das imagens televisivas e do cinema. Assim, surge a Pop Art, na Inglaterra, através de um grupo de artistas intitulados Independent Group. A primeira obra considerada Pop é o que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes.

Ao contrário do que sucedeu na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos os artistas trabalham isoladamente até 1963, quando duas exposições reúnem obras que se beneficiam do material publicitário e da mídia. É nesse momento que os nomes de Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Claes Oldenburg, James Rosenquist, e Tom Wesselmann surgem como os principais representantes da arte pop em solo norte-americano. Sem estilo comum, programas ou manifestos, os trabalhos desses artistas se afinam pelas temáticas abordadas, pelo desenho simplificado e pelas cores saturadas. A nova atenção concedida aos objetos comuns e à vida cotidiana encontra seus precursores na antiarte dos dadaístas.

Os artistas deste movimento buscaram inspiração na  cultura de massas para criar suas obras de arte, aproximando-se e, ao mesmo tempo, criticando de forma irônica a vida cotidiana materialista e consumista. Latas de refrigerante, embalagens de alimentos, histórias em quadrinhos, bandeiras, panfletos de propagandas e outros objetos serviram de base para a criação artística deste período. Os artistas trabalhavam com cores vivas e modificavam o formato destes objetos. A técnica de repetir várias vezes um mesmo objeto, com cores diferentes e a colagem foram muito utilizadas.



Principais artistas da Pop Art:


Roy Lichtenstein (1923-1997)
 
Seu interesse pelas histórias em quadrinhos como tema artístico começou provavelmente com uma pintura do camundongo Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características das histórias em quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou, por exemplo, uma técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das historietas. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.
Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração.

 

Andy Warhol (1927-1987)

  
Ele foi figura mais conhecida e mais controvertida do pop art, Warhol mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual numa série de retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilyn Monroe. Warhol entendia as personalidades públicas como figuras impessoais e vazias, apesar da ascensão social e da celebridade. Da mesma forma, e usando sobretudo a técnica de serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto produzido em massa para o consumo, como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e dinheiro.
Produziu filmes e discos de um grupo musical, incentivou o trabalho de outros artistas e uma revista mensal.


Wayne Thiebaud (1920) 
 
Seu estilo celebra o banal com uma mistura ambígua de familiaridade e desinteresse emocional. As cores azul, púrpura e verde são típicas do seu estilo e resultam da luz artificial e da radiante luz do sol da Califórnia onde vive e trabalha. Pintando normalmente o seu tema de memória, Thiebaud cria obras que têm um conteúdo nostálgico e frequentemente um tom humorístico. O seu estilo acessível tem um sentimento particularmente urbano e americano. Antigo pintor de letreiros e cartonista, Thiebaud também tem pintado imagens espirituosas de bolos, máquinas de pin-ball e cachorros quentes, executados com cores luminosas.

Claes Thure Oldenbug (1929)
 

Com Oldenburg, desaparece qualquer vestígio de pintura, permanecem apenas as coisas-imagem, ampliadas e exageradas nas cores berrantes, intrometidas demais num espaço que parece roubar a nossa existência. Tais presenças são exageradas pelo vazio, pela nulidade da consciência. Estando a tratar com uma "sociedade de consumo" mas corrente, a comida: está implícito que a "cultura de massa" também é uma espécie de comida.
Para Oldenburg é a comida americana, industrializada e padronizada: os hamburgers, os hot-dogs, os ice-creams que são diariamente introduzidos em quantidades industriais, como combustível nos fornos, nos tubos digestivos de milhões de americanos. Os modelos não são sequer essas comidas , mas sua publicidade em cores: claro, na sociedade de consumo primeiro vem a imagem publicitária, depois a coisa.

 Tom Wesselmann (1931)


Pintor, escultor e designer comercial, Tom Wesselmann estudou na Cooper Union em Nova Iorque entre 1956 e 1959, onde foi encorajado a enveredar por uma carreira de pintor. Escolhendo a figura humana como suporte temático, Wesselmann começa a executar pequenas colagens com papel rasgado e desperdícios de outros materiais. Estes trabalhos, e algumas naturezas mortas gigantescas, compostas por objetos domésticos e fragmentos de anúncios populares colados. Em 1967 participou na Bienal de Veneza e, em 1968 e 1977, nas Documenta 4 e 6, em Kassel. Em finais dos anos 60, os seus trabalhos passaram a ter uma conotação mais erótica como em Bedroom Painting #13 (1969). Os elementos pictóricos, exagerados nas suas formas arabescas e na arbitrariedade cromática, tornaram-se significativamente maiores nas suas pinturas dos anos 70 e, na década de 80, voltou aos trabalhos de parede. Wesselmann foi ainda, um importante e inovador designer comercial, adaptando o seu imaginário às litografias, impressões e aquarelas. Teve uma importante retrospectiva no Japão em 1993-94.

 Pop Arte Pode ser Considerada Arte?

A principal discussão nos meios artísticos sempre foi até que ponto a arte pop pode ser considerada arte. Esta questão é levantada pelos membros eruditos da arte da época, que tanto tentaram resistir ao fato de que uma arte comercial que pode, e não deixa de ser, uma arte.
Muitos defenderam que o motivo por uma arte publicitária não poder ser tomada como arte é por causa dos fins para que esta arte é feita, é uma arte que já nasce na concepção que precisa vender e ser vendida. Mas até que ponto estes artistas eruditos estão distantes de conceberem suas obras para serem vendidas? A partir do momento que o mecenato é extinto, os artistas dependem dos comerciantes para obterem seus ganhos de vida. A diferença é que nem todos podem esperar pela sorte de terem suas obras aceitas em museus de renomes e tornarem suas obras bem rentáveis.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Vintage ou Retrô?

Você sabe a diferença entre vintage e retrô? Vintage é um item de fato antigo e que fez moda na sua década. Já o retrô é algo novo relançado igual ou parecido com o antigo.
Alguns estilistas atribuem ao retorno das modas setentistas e oitentistas um certo teor "vintage", mas, por serem relativamente recentes, o termo não é devidamente atribuído a estas décadas. O resgate da moda "pin-up" é um excelente exemplo de "moda vintage". Roupas com tecidos propositalmente "desgastados" também são chamados vintage, justamente por ter uma aparência de usado, antigo.

 

Já faz algum tempo que a moda busca inspiração em épocas passadas. Desde a primeira guerra mundial, quando o trabalho feminino começou a se fazer presente, os espartilhos caíram e roupas mais práticas tomaram seu lugar; as saias subiram e desceram várias vezes, foram largas, justas, evasés, godês, plissadas. A moda evolui como evoluiu a imprensa, o consumo, a mídia. Ela não mente a realidade, antes interpreta-a.

 

 Quem anda ligado nos movimentos das cores e tecidos, percebe que algumas vitrines, principalmente as de lojas cujas roupas atingem um público mais jovem, estão com um certo ar retrô. Os bijoux de contas de cristal e miçangas aparecem até em vitrines mais clássicas. Os bordados em roupas e bolsinhas de mão, as bolsas de crochê e diversos modelos de chapeus, tudo isto já foi visto há 30 anos atrás.




 Wayfarer coloridos ou simples, salvam a maioria dos visuais do comum dando um up no visual. Lembrando da regrinha: rosto redondo, óculos quadrado. Rosto quadrado, óculos redondo.

 

A nostalgia está no ar. As moças aderiram definitivamente à cintura marcada, ao colar de pérolas e principalmente aos óculos escuros garimpados no armário da vovó. Quanto maior melhor.

 

A moda dos anos 80 voltou para encher o nosso guarda-roupa de vida! o conceito é básico, são calças e meia calças coloridas com o update das tendências mais actuais. As cores da moda são o amarelo, o azul eléctrico e o vermelho. As cores ácidas também são bem vindas mas podes optar ainda por outras, mais saturadas e intensas. Estas peças revelam e destacam originalidade e irreverência.

 

É muito comum, hoje em dia, incrementar a decoração da casa usando objetos originais dos anos 50 ou pelo menos inspirados nessa década. Um detalhe retrô que, apesar de antigo, moderniza o ambiente!

  


Entre você também nessa nova tendência.






quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pedro Almodóvar



Pedro Almodóvar Caballero nasceu em 24 de setembro de 1951, em Calzada de Calatrava, Ciudad Real, Espanha.
Imigrou com sua familia aos 8 anos de idade para Extremadura. La, Estudou com padres salesianos e franciscanos, mas tinha uma péssima educação religiosa e acabou por se formar sem fe em Deus.
Almodóvar nunca pôde estudar cinema, pois nem ele nem sua família tinham dinheiro para pagar seus estudos. Antes de dirigir filmes foi funcionário da companhia telefônica estatal, fez banda desenhada, ator de teatro avant-garde e cantor de uma banda de rock, da qual participava travestido. Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Oscar de melhor diretor. Homossexual assumido, seus filmes trazem a temática da sexualidade abordada de maneira sublime.

Filmografia:



Pepi, Luci e Bom (1980) (Longa-metragem)



Labirinto de Paixões (1982)



Maus Hábitos (1983)


  Que Fiz eu para Merecer Isto? (1984)



Matador (1986)


Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988)



Ata-me! (1990)



De Salto Alto (1991)


Kika (1993)



A Flor do Meu Segredo (1995)


Carne Trêmula (1997)



Tudo Sobre Minha Mãe (1999)


Fale com Ela (2002)


Má Educação (2004)



Volver (2006)


Abraços Partidos (2009)


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Los Abrazos Rotos - Novo Filme de Pedro Almodóvar




Estréia no Brasil prevista para 20/11/2009

 









Flyer da festa do filme: