sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Juliette Lewis


Faz algum tempo que queria escrever sobre Juliette Lewis, a artista multi-talentos que tanto impressiona por se dar bem tanto cantando quanto atuando...

Cantando ela mostra toda a energia possível com uma presença de palco invejável, com certeza ela é um dos melhores exemplos de cantora que sente a musica de verdade, e passa isso ao publico de maneira fabulosa.
Atuando, Juliette convence de qualquer maneira, sendo a rebelde como em "O entardecer de uma estrela" ou pura e infantil em "Simples como amar".


  
Juliette L. Lewis nasceu em 21 de junho de 1973 em Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos.
Seu pai é o ator Geoffrey Lewis e sua mãe, Glenis Batley, é designer gráfica; seus pais se divorciaram quando ela tinha dois anos de idade. Ela tem dois irmãos, Lightfield e Peter, e duas irmãs, Dierdre e Brandy. Lewis queria ser atriz desde os seis anos de idade, e estreou na TV aos doze.


Aos 14 anos de idade ela abandonou os pais e foi viver com a família de uma amiga, a atriz Karen Black, antes de mudar-se para o seu próprio apartamento. Abandonando também o colegial, ela acabou entrando em verdadeiros problemas com a lei, por dirigir ilegalmente aos 15 anos e também por ser presa em uma boate por ser menor de idade. Aos 20 anos, ela acabou indo para uma clínica de reabilitação devido aos seu vício em drogas.

Lewis namorou o ator Brad Pitt por alguns anos, co-estrelando com ele os filmes Kalifornia e Too Young to Die?. Se casou com o skatista profissional Steve Berra em 1999, divorciando-se pouco depois.

 
  
 


CD's:


Esta postagem dedicamos a nossa Juliette mais próxima, 
Camila Galdino *-*

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A Verdade Sobre as Gueixas

Muitos ja viram mulheres orientais com uma forte maquiagem de aspecto alvo e roupas muito próprias e não sabem do que se trata. E você certamente ja ouviu falar sobre essas elegantes mulheres, as GUEIXAS. Você conhece a verdadeira história dessas "damas de companhia"?!?!?!
Gueixa ou Gueigi são mulheres japonesas que estudam a tradição milenar da arte da sedução, dança e canto, e se caracterizam distintamente pelos trajes e maquiagem tradicionais. Contrariamente à opinião popular, as gueixas não são um simples equivalente oriental da prostituta. Elas não trabalham com sexo. Podem chegar a flertar, mas seus clientes sabem que não irá passar disso, e esse é o fato que muitos homens se encantam com a cultura de uma gueixa.
 

O universo das gueixas é repleto de mistério e fascínio. A imagem dessas mulheres, maquiadas de branco e vestidas em belos quimonos, sempre fascinou o Ocidente. – E exemplos desse deslumbramento não faltam, tanto no cinema como na literatura. Mas essa visão cheia de glamour não ajuda a revelar quem realmente são e o que fazem as gueixas.
Ao contrário do que muitos imaginam, um cliente que paga pelos serviços de uma gueixa muitas vezes não recebe sexo em troca. E quando isso acontece, é uma decisão que cabe quase sempre à própria gueixa. Hoje, a maior parte desses clientes são homens mais velhos, que sabem apreciar as artes tradicionais do Japão (que incluem canto e dança), além do jogo teatral que envolve esse universo. As gueixas são como atrizes. Elas vendem aos seus clientes o sonho de uma mulher perfeita, e fazem com que eles se sintam atraentes e importantes.
Para se tornar uma gueixa, são necessários vários anos de um rigoroso aprendizado que começa na adolescência, geralmente entre 13 e 15 anos – antigamente, esse treinamento se iniciava já na infância.

 
(Cena do Filme Memórias de Uma Gueixa) 
Treino

Tradicionalmente, uma gueixa iniciaria o seu treino em tenra idade. Não obstante algumas delas serem vendidas para casas de gueixas (okiya) ainda muito novas, esta não era uma prática comum nos distritos de melhor reputação. Era frequente, porém, que as filhas de gueixas se tornassem gueixas também, como sucessoras (atatori, que significa herdeiro).
O primeiro estágio deste treino designava-se por shikomi. Assim que as raparigas chegavam à okiyaa, eram colocadas ao serviço doméstico, realizando as tarefas domésticas tal como as criadas. O trabalho era propositadamente difícil para forçar a transformação das raparigas à nova casa, e à nova vida que se lhe apresentaria pela frente. Assim que se verificasse a proeficiência artística da aprendiza, e completasse este estágio mediante um difícil exame final de dança, a iniciada passaria ao segundo estágio: minarai. Neste nível, a minarai é dispensada dos deveres domésticos para desenvolver e exercitar o treino anterior, já fora de casa e da escola, seguindo o exemplo de uma gueixa mais experiente — a sua onee-san, ou "irmã mais velha" — cuja ligação simbólica é celebrada através de um ritual. Embora já participem em ozashiki (banquetes em que os convidados se fazem acompanhar de gueixas), não participam a um nível avançado; os seus quimonos, mais elaborados que os das maiko, são concebidos para deslumbrar quanto baste, para compensar. Embora as minarai já possam ser contratadas para festas, tipicamente não são convidadas para as festas em que a sua onee-san participe — são, porém, sempre bem-vindas. Tipicamente, uma minarai cobra 1/3 hanadai, e trabalha em conjunto com uma casa de chá (designada minarai-jaya), aprendendo com a oka-san, i.e., a proprietária. As técnicas desenvolvidas neste estágio não são sequer ensinadas na escola, já que o nível de conversação e brincadeiras só poderá ser desenvolvido através da prática. Este estágio dura, em média, apenas um mês.

Após um breve período, inicia-se o terceiro (e o mais famoso) estágio: maiko. As maiko são aprendizes de gueixa e podem permanecer neste estágio durante vários anos, aprendendo através da sua irmã mais velha e seguindo-as para os seus compromissos. A relação irmão mais velha/irmã mais nova (onee-san/imoto-san) torna-se, assim, de extrema importância, já que a movimentação adequada da maiko em toda a hanamachi irá depender da sua irmã mais velha, que já estabeleceu contactos e relações de amizade. Para além disso, é à onee-san que cabe a transmissão do saber entreter os convidados, como as técnicas de sedução, como servir o chá, jogar shamisen, dançar, manter uma conversa casual, e tudo o necessário para que a maiko se torne conhecida e solicitada para futuros convites a casas de chá e reuniões. A onee-san ajudará a aprendiza a escolher o seu nome profissional, tipicamente através de kanji ou símbolos relacionados com o seu nome.

Ao final de um período suficientemente longo, e dependendo da região — em Tóquio seriam seis meses, enquanto que em Quioto seriam cinco anos — a maiko é promovida a gueixa, passando a cobrar o preço por inteiro. Este é o último estágio e durará até ao final da sua carreira.

 
 
História
A gueixa é mais moderna do que muitas pessoas pensam. Houve algumas mulheres que trabalharam como artistas antes de que a gueixa aparecesse, desde o Período Heian (794–1185); mas as gueixas verdadeiras pareceram muito depois. Em 1589, Hideyoshi Toyotomi autorizou a construção de um edifício na vizinhança de Quioto, fechado do exterior com paredes. Foi chamado Shimabara, e foi dedicado ao prazer. Isto incluiu artes de desfrute, bebida, e prostituição luxuosa. As cortesãs (chamadas oiran) trabalhavam como prostitutas caras, e atraíram clientes ricos. Muitos artistas também trabalhavam nas mesmas casas, entretendo os clientes com música, danças e poesia. Durante um longo tempo, esses artistas foram homens, e eles chamaram-se "gueixa" (artistas), "hōkan" (gracejadores) ou "taikomochi" (tamborileiros, porque eles tocavam o taiko, um tambor japonês).

Como muitas coisas na cultura japonesa, o mundo de cortesãs ficou muito complicado. Cada homem que desejava estar com uma oiran tinha de seguir rituais difíceis e etiqueta, e só o muito rico e nobre poderia. Por essa razão, muitas casas de chá (ochaya) apareceram fora de Shimabara. Em alguns deles, algumas mulheres praticaram a prostituição mais barata, o "sancha-joro". Contudo outras mulheres, chamadas "odoroki" (meninas dançarinas), atuavam como dançarinas e musicistas. Essas mulheres logo ficaram muito populares. Elas começaram a chamar-se "gueixas", como os artistas masculinos que trabalhavam em Shimabara. Mais ou menos ao ano 1700, as gueixas femininas ficaram muito mais populares do que os masculinos. Alguns anos depois, quase todas as gueixas eram mulheres.

O governo fez leis que proibiam gueixas de trabalhar como prostitutas, e só lhes deram a permissão de atuar como artistas. Uma dessas leis disse que eles tiveram de atar o seu obi ( faixa) nas costas, fazendo-o ser mais difícil de tirar do quimono. O seu penteado, a maquilagem e o quimono também tiveram de ser mais simples do que das oirans, porque a sua beleza teve de estar na sua arte, não os seus corpos. Logo, as gueixas ficaram tanto mais populares do que as oirans, que no ano 1750 toda as oirans tinham desaparecido. Outras novas vizinhanças de gueixa (hanamachi) foram criadas em Quioto e outras cidades. Antes do século 19, as gueixas estiveram em melhor posição do que mulheres comuns, mas eles também tiveram problemas na sociedade japonesa. Às vezes, pessoas pobres vendiam suas filhas às casas de chá hanamachi. Alguns homens ricos, chamados danna (patronos) pagavam muito dinheiro para adquirir-se a atenção pessoal de uma gueixa. As gueixas não podiam mais casar-se, portanto elas podiam ter um danna (patrão) para pagar para as suas despesas. Outros homens pagavam muito dinheiro para tomar a virgindade das novas meninas (mizuaje). Mas a reputação e respeito às gueixas cresceu novamente na Restauração Meiji, e até mais depois da Segunda Guerra Mundial. As leis importantes que as protegem foram criadas. As meninas jovens não podem mais serem vendidas às casas de chá, e a virgindade de gueixas jovens não pode ser comprada. Desde então, as mulheres só se tornam gueixas pela sua própria vontade.


 Para entender e conhecer um pouco do universo das gueixas nao deixe de assistir o filme MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA.
Um filme extremamente interessante, retratando o Japão nos anos precedentes à Segunda Guerra, quando era formado por uma cultura oriental ainda intacta. Repleto de uma beleza visual enorme e com atuações memoráveis das atrizes que nos envolve a vida de uma gueixa. A história mostra um pouco desse mundo esquecido e intocado, revelando, segundo a história, segredos que nao deviam ser revelados para manter a integridade desse mundo. O único ponto negativo do filme é o seu final, que para agradar a maioria do público, buscou um final feliz simples e discordante do restante da história, mas pode ser desculpado devido a dificuldade de se produzir um filme diferente em Hollywood. Mesmo assim, é um filme que nao pode deixar de se ver! Imperdível!
"MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA"
“Meu mundo é tão proibido quanto frágil; sem seus mistérios, não pode sobreviver”
Em 1997, o autor Arthur Golden ofereceu aos leitores uma inebriante e magnética história de um mundo oculto em seu aclamado romance Memórias de uma Gueixa. O avassalador épico romântico ficou dois anos na lista dos livros mais vendidos do The New York Times, vendeu mais de 4 milhões de exemplares em inglês e foi traduzido para 32 idiomas.
Agora, o diretor indicado ao Oscarâ Rob Marshall (Chicago) e os produtores Lucy Fisher, Douglas Wick e Steven Spielberg, em conjunto com um elenco de projeção 
 
  
  
 

 

 





quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Brief



Nada mais é do que uma especie de revista on-line mais voltada para o publico gay... Mas sem quase sem sexo explicito, somente um pouco de nudez, mas principalmente fotos que arremetem a sexualidade gay. Fotos de coisas que podem mesmo que MUITO REMOTAMENTE lembrar um pênis, la estará ela no site Brief!

Curiosidade:
No corpo do site, existe na parte superior esquerda SUBMIT, no meio o nome do site, que varia de fonte pra cada página exibida, e no superior direito, CONTACT. Somente isso!
Para ver mais fotos, basta clicar em Brief. Simples assim. Na aba do seu navegador vai estar escrito: "We promise to be BRIEF", algo como "Prometemos ser breves".

































terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Profeta Gentileza



Assim era chamado José Datrino, (Cafelândia, São Paulo, 11 de abril de 1917 — Mirandópolis, São Paulo, 29 de maio de 1996).
Gentileza teve uma infância de muito trabalho. Ele e mais 11 irmãos, dentre outras atividades no campo, amansavam burros para o transporte de carga. Tempos depois, como profeta Gentileza, se dizia "amansador dos burros homens da cidade que não tinham esclarecimento!" 

Por volta dos treze anos de idade, Profeta Gentileza (que ainda não era conhecido como tal) passou a ter premonições sobre sua missão na terra, na qual acreditava que um dia, depois de constituir família, filhos e bens, deixaria tudo em prol de sua missão. Este comportamento causou preocupação em seus pais, que chegaram a suspeitar que o filho sofria de algum tipo de loucura, chegando a buscar ajuda em curandeiros espirituais.




No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, houve um grande incêndio no circo "Gran Circus Norte-Americano", o que foi considerado uma das maiores tragédias circenses do mundo. Neste incêndio morreram mais de 500 pessoas, a maioria, crianças. Na antevéspera do Natal, seis dias após o acontecimento, José acordou alegando ter ouvido "vozes astrais", segundo suas próprias palavras, que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar apenas ao mundo espiritual. O Profeta pegou um de seus caminhões e foi para o local do incêndio. Plantou jardim e horta sobre as cinzas do circo em Niterói, local que um dia foi palco de tantas alegrias, mas também de muita tristeza. Aquela foi sua morada por quatro anos. Lá, José Datrino incutiu nas pessoas o real sentido das palavras Agradecido e Gentileza. Foi um consolador voluntário, que confortou os familiares das vítimas da tragédia com suas palavras de bondade. Daquele dia em diante, passou a se chamar "José Agradecido", ou simplesmente "Profeta Gentileza".
 Após deixar o local que foi denominado “Paraíso Gentileza”, o profeta Gentileza começou a sua jornada como personagem andarilho.



A partir de 1970 percorreu toda a cidade. Era visto em ruas, praças, nas barcas da travessia entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza a todos que cruzassem seu caminho. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: – Sou maluco para te amar e louco para te salvar“.
Em 29 de maio de 1996, aos 79 anos, faleceu na cidade de seus familiares, onde se encontra enterrado, no “Cemitério Saudades”.
Com o decorrer dos anos, os murais foram danificados por pichadores, sofreram vandalismo, e mais tarde cobertos com tinta de cor cinza. Com ajuda da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, foi organizado o projeto Rio com Gentileza, que teve como objetivo restaurar os murais das pilastras. Começaram a ser recuperadas em janeiro de 1999. Em maio de 2000, a restauração das inscrições foi concluída e o patrimônio urbano carioca foi preservado.




Estudantes nas ruas pelo impeachment do presidente Collor de Melo
1992 - Rio de Janeiro/Brasil. Profeta Gentileza juntamente com estudantes em manifestação pelo impeachment do então presidente pelo Partido da Reconstrução Nacional-PRN - Fernando Collor de Mello.

Ai vão dois vídeos com o próprio Gentileza falando, e é muito importante que quem leu esta postagem no Carrossel de Letras, assista agora aos videos, para ter uma noção melhor de quem foi e como era o nosso Profeta. *-*





Algumas artes inspiradas em Profeta Gentileza:




Talvez a homenagem mais famosa, e talvez a mais bonita tambem, foi a da cantora brasileira Marisa Monte, que cantou a musica "Gentileza" em homenagem a nosso profeta das ruas. A incorporação para blog foi impedida, mas o link é este: Youtube - Gentileza, Marisa Monte



quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Capitu - Machado de Assis



Capitu, a personagem criada há mais de 100 anos por Machado de Assis no livro Dom Casmurro, é a figura mais fascinante, enigmática e misteriosa de toda a literatura brasileira. Ninguém sabe ou saberá a sua verdade e os segredos que ela levou para sempre quando Dom Casmurro a expulsou do livro e da vida. Desde então, Capitu não para de crescer aos olhos dos leitores e dos críticos.


Capitu foi uma microssérie brasileira exibida pela Rede Globo entre 9 a 13 de dezembro de 2008, tendo sido escrita por Euclydes Marinho com a colaboração de Daniel Piza, Luís Alberto de Abreu e Edna Palatnik, e direção geral e de núcleo de Luiz Fernando Carvalho. A produção foi uma homenagem ao centenário de morte de Machado de Assis, autor do romance no qual a série se baseia, Dom Casmurro. Capitu é a segunda produção do Projeto Quadrante (a primeira foi A Pedra do Reino, realizado pelo mesmo diretor Luiz Fernando Carvalho), projeto que tenciona levar a literatura brasileira para a televisão.


Capitu se desenvolve a partir da promessa de Dona Glória, mãe do protagonista Bentinho: depois de perder um filho, ela jura fazer do próximo herdeiro um padre. Mesmo a contragosto, Bentinho vai estudar em um seminário, onde conhece Escobar. Quando deixam o seminário, ele forma-se advogado e se casa com Capitu. Escobar torna-se comerciante e se casa com Sancha, amiga de infância de Capitu. O casal, Escobar e Sancha geram uma filha, Capituzinha. Dois anos depois, para a alegria de Bento e Capitu, nasce Ezequiel. Os casais mantêm fortes laços de amizade. Num jantar na casa de Escobar, os quatro amigos planejam uma viagem para a Europa. Em um momento a sós, Bentinho surpreende um olhar intenso de Sancha, o que dá vez a um diálogo cheio de insinuações e uma troca ardorosa de apertos de mãos. Bentinho, fortemente atraído por Sancha, repele o sentimento e fica mal ao perceber o desejo pela mulher do melhor amigo. A fatalidade marca a vida de Escobar, que morre afogado no dia seguinte. A morte do amigo aumenta ainda mais a culpa e os ciúmes de Bentinho, que atormentado, acredita ver no próprio filho, Ezequiel, a imagem do amigo.





Dúvida trágica: Capitu traiu ou não traiu? Capitu reafirma a dúvida presente em Dom Casmurro como parte do processo cultural da modernidade. Em seu tempo, Machado surgiu como um avanço, com uma nova proposta estética e intelectual, de extrema modernidade em relação à época e à própria literatura que se produzia no país e no mundo. O escritor ergueu um texto com modernidade formal, sem abrir mão de uma sensível reflexão sobre as facetas da alma humana.
 
Dom Casmurro não se trata de uma mera reprodução dos costumes de uma época. Além de trazer as contradições do mundo social do século XIX, o texto extrapola essas questões, abordando temas como a passagem do tempo, a consciência da finitude das coisas, o amor, a amizade, a dúvida da traição e também o trágico, tudo isso sem abrir mão da ironia e da comicidade Machadiana.


Ainda hoje e em qualquer tempo, a história de Capitu acontece em Copacabana, São Paulo ou Nova York, com pessoas de todas as idades, classes e raças.
Com uma linguagem moderna e atemporal, a série conta a história do amor intenso entre Bentinho e Capitu, da dúvida de Bento Santiago ter sido traído e o que essa dúvida provoca em termos de imaginação. É justamente por instigar tanto a imaginação de seus leitores até hoje que a obra Dom Casmurro continua em movimento, dando vida a Machado. A série Capitu, portanto, celebra essa modernidade, essa continuidade e a imortalidade da dúvida sobre a traição de Capitu.


Figurino


O figurino assinado por Beth Filipecki esteve em evidência durante da coletiva de imprensa no Galpão Capitu.  Daniela Garcia, assistente de Beth, explica o trabalho: “O figurino em Capitu é basicamente dividido em duas fases. Na primeira explora-se o lado claro, leve e feliz da vida. Na segunda, é como se a gente mergulhasse no profundo os olhos de Capitu, ou seja, ganha-se um ar mais escuro. Tudo isso tendo como eixo a Capitu, que é o orvalho da flor que vira um oceano. Todos que estão a volta dela são impactados”.

Há alguns anos, um tribunal de estudantes de direito no Brasil chegou a fazer uma simulação de julgamento para Capitu, com a dúvida se ela traiu ou não Casmurro; a personagem foi inocentada por falta de provas.